
O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) defendeu que a Prefeitura de Cuiabá encontre uma alternativa para viabilizar a retomada das atividades do Shopping Popular, conhecido como Camelô, fechado desde o incêndio que destruiu o prédio em 2023. O espaço, localizado na Avenida Manoel José de Arruda, no bairro Dom Aquino, permanece sem previsão de reabertura.
Em entrevista na terça-feira (21), Monteiro afirmou que a prefeitura precisa construir um modelo que permita o retorno dos permissionários ao trabalho. Ele avaliou que a concessão de uso do terreno, por um prazo de 20 ou 30 anos, seria uma alternativa viável para possibilitar a reconstrução gradual do local.
“A gente pode dar uma concessão, uma permissão de uso para que eles usem durante 20 ou 30 anos, para que eles se restabeleçam. O nível de poupança do camelô acabou, todo mundo quebrou ali. Foi uma tragédia que precisa ser pensada a partir dela. Não dá para a gente pegar uma receita de bolo e querer aplicar ali”, disse o parlamentar.
O vereador comentou ainda a posição do prefeito Abilio Brunini (PL), que descartou a doação da área e defendeu um modelo de concessão. Para Monteiro, embora a doação fosse uma alternativa sensível, a concessão com prazos longos garantiria a segurança dos comerciantes e a retomada das atividades.
Monteiro destacou a relevância do Shopping Popular não apenas como ponto de comércio, mas também como espaço de convivência e tradição em Cuiabá. “É um espaço muito importante e que precisa voltar à cidade”, afirmou.
Ele também manifestou apoio à proposta do deputado estadual Wilson Santos (PSD), que busca recursos do governo de Mato Grosso para ajudar na reconstrução do local. Segundo o vereador, a ideia faz sentido se o modelo adotado for o de empréstimo subsidiado, com apoio de instituições como o Desenvolve MT ou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
“O Estado tem um papel indutor na economia. O protagonista da economia sempre é a iniciativa privada, mas o Estado tem que gerar condições, especialmente em momentos de tragédia [...] não é dinheiro dado, é pago, mas com juros diferentes”, acrescentou.
Ao tratar sobre a posse da área, Monteiro lembrou que não é possível aplicar usucapião em terrenos públicos, mas reconheceu que houve falhas administrativas de antigas gestões, que deixaram de formalizar a cessão definitiva do espaço aos permissionários.
“Era algo já consolidado, concretizado, e a nova gestão quis rever isso, assim como está fazendo em relação ao mercado na Miguel Sutil. A gente precisa ter segurança jurídica. O que foi combinado hoje precisa ser cumprido amanhã. Você casou com a viúva, tem que criar os filhos”, completou o vereador.
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