SAÚDE

Presidente do TCE-MT propõe força-tarefa para erradicar hanseníase no estado

Por Secom TCE/MT
Publicado em 02-03-2024 às 08:58hrs
Conselheiro Sérgio Ricardo chamou atenção para dados do Ministério da Saúde que apontam Mato Grosso como líder do ranking de registro da doença.

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, propôs uma força-tarefa para erradicação da hanseníase no estado. Na 1ª sessão ordinária deste ano, o presidente chamou atenção para os dados do Ministério da Saúde (MS), que apontam Mato Grosso como líder do ranking de registro da doença no país, com 3.927 casos notificados no último ano. 

“Índia e África, há pelo menos um século, já eliminaram essa doença. No Brasil, em 2023, tivemos quase 20 mil casos de hanseníase e Mato Grosso lidera com a maior taxa de detecção da doença no país, com quase 4 mil casos. Faz muitos anos que eu ouço que nosso estado é campeão em hanseníase e não conseguimos sair disso”, frisou o conselheiro-presidente.

Sérgio Ricardo salientou que a origem e maior incidência da doença está entre os cidadãos pobres, que não têm acesso à saúde e saneamento básico. Situação que não deve ser admitida em um dos estados mais ricos do Planeta e que se destaca quando o assunto é produção agrícola. 

“Proponho esse esforço concentrado para erradicarmos totalmente a hanseníase em Mato Grosso. Não é possível admitir que um estado com essa qualidade tenha uma doença do tempo de Cristo, que não conseguimos resolver”, declarou.

Na sequência, o presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, afirmou que a temática está inclusa no Plano Anual de Trabalho (PAT), com intuito de realizar estudos que fundamentem a recomendação de políticas públicas eficientes.

“Não temos interesse de tomar o espaço dos Poderes Legislativo e Executivo, mas não podemos nos manter inertes diante do atual cenário. Nós vamos trazer sugestões e recomendações para que façam novas políticas públicas, porque as que estão sendo praticadas não estão sendo efetivas, uma vez que os índices continuam alarmantes”, finalizou Maluf.

 

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