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Igreja Católica tenta se blindar das notícias falsas e campanhas de difamação

Por VEJA NOTÍCIAS DE MT / AGÊNCIA BRASIL
Publicado em 26-04-2025 às 19:49hrs
Entre os dias 6 e 11 de maio, 135 cardeais de diferentes partes do mundo irão se reunir na capela Sistina para decidir quem será o novo líder da Igreja Católica. Uma vez que atravessem os portões do santuário, não terão acesso a nenhum tipo de comunicação com o lado de fora até que um papa seja eleito. As pressões externas que tentarão influenciar os votos dos cardeais e os ânimos dos fiéis sempre estiveram presentes na história do conclave, mas há um agravante moderno: a facilidade com que as notícias falsas circulam nos meios digitais.
Igreja Católica tenta se blindar das notícias falsas e campanhas de difamação

Conclave 2023: Eleição do Novo Papa e Desafios contra Fake News | Igreja Católica

Conclave: Igreja Católica tenta se blindar das notícias falsas e campanhas de difamação

O Processo de Eleição do Novo Papa

Entre os dias 6 e 11 de maio, 135 cardeais de diferentes partes do mundo irão se reunir na Capela Sistina para decidir quem será o novo líder da Igreja Católica. Uma vez que atravessem os portões do santuário, não terão acesso a nenhum tipo de comunicação com o lado de fora até que um Papa seja eleito.

As pressões externas que tentarão influenciar os votos dos cardeais e os ânimos dos fiéis sempre estiveram presentes na história do conclave, mas há um agravante moderno: a facilidade com que as notícias falsas circulam nos meios digitais.

Os Alertas do Papa Francisco sobre Desinformação

O Papa Francisco alertava para os perigos da desinformação e sobre o mau uso da IA. Em um de seus vários pronunciamentos sobre os temas, em maio de 2023, ele reconheceu que vivemos "num período da história marcado por polarizações e oposições - de que, infelizmente, nem a comunidade eclesial está imune". Ele também temia a influência que Trump poderia ter na escolha do seu sucessor.

Por Que Isso Importa?

  • As tentativas de influenciar os votos dos cardeais sempre estiveram presentes na história da votação, mas os meios digitais que potencializam as notícias falsas são um agravante moderno;
  • Comunicadores católicos ouvidos pela reportagem reconhecem que a desinformação pode trazer tensões durante o conclave e após a escolha do novo Papa.

"Vivemos num tempo em que muitos aproveitam as facilidades tecnológicas para provocar ódio, a reação do outro, o combate, o conflito e a guerra", reconheceu o vaticanista Silvonei José Protz, em entrevista à Agência Pública. Há 35 anos, ele trabalha na Rádio Vaticano, em Roma.

A Experiência de Um Vaticanista

Nesse período, Protz noticiou o dia a dia de três diferentes papas - João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Nos conclaves que acompanhou, disse ser fato que certos "networks (redes de influência) internacionais" tentavam influenciar na eleição. Ele concorda que grupos externos ao cardinalato "buscam gerar tensão por meio de certas notícias que são veiculadas, numa tentativa de interferir [no conclave]", mas nega que essas forças tenham tido sucesso nas eleições papais e diz que confia na "providência" divina para guiar a escolha.

"O colégio cardinalista é formado por pessoas, e pessoas têm sentimentos. Muitos chegaram a dizer que as grandes potências interferem dentro do conclave. Isso não é verdade, até porque nós, católicos, acreditamos piamente que o que acontece dentro da Capela Sistina é governado pela providência, pela oração e pelo Espírito Santo, que vai guiar o coração e a mente dos nossos cardeais", diz.

Pressões no Último Conclave

O fato é que, no último conclave, em 2013, as pressões atingiram tal ponto que a tradicionalmente discreta Secretaria de Estado do Vaticano divulgou uma nota para rebater o que classificou de "notícias não verificadas ou não verificáveis ou diretamente falsas" que buscavam "condicionar a eleição do Papa".

"Não falta quem tenta se aproveitar deste momento de surpresa e de desorientação dos espíritos fracos para semear confusão e lançar descrédito sobre a Igreja e o seu governo, recorrendo a instrumentos antigos - como a maledicência, a desinformação e às vezes a própria calúnia", dizia a nota do Vaticano, que não especificava os boatos a que se referia.

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