
O Governo de Mato Grosso afirma ter investido mais de R$ 1,7 bilhão em segurança pública nos últimos seis anos, período em que o combate a facções criminosas foi apontado como prioridade. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram que, apenas em 2024, as apreensões de drogas no estado geraram um prejuízo estimado em R$ 554 milhões aos grupos criminosos — um novo recorde, segundo o governo. A expectativa é de que os números de 2025 superem os do ano anterior.
As ações de repressão estão reunidas no programa Tolerância Zero, lançado na gestão do governador Mauro Mendes (União Brasil). Em vigor desde 2019, o plano prevê o reforço de rondas, operações policiais e revistas em unidades prisionais. Segundo dados oficiais, houve redução de crimes nos primeiros quatro meses de 2024: feminicídios caíram 40%, homicídios dolosos, 20%, e roubos de veículos, 50%. Roubos e furtos em geral tiveram queda de 41% e 22%, respectivamente.
Para especialistas, a queda em índices criminais pode estar relacionada a uma combinação de fatores, incluindo aumento de repressão, políticas de inteligência e mudanças nos padrões de atuação das organizações criminosas. Procurado, o governo estadual credita os resultados aos investimentos em estrutura e tecnologia.
Entre os equipamentos adquiridos estão 12,5 mil pistolas Glock, 1.550 armas longas, 400 viaturas, 180 motocicletas, 24 caminhões autotanque e seis aeronaves. O Estado também distribuiu 4.042 rádios digitais, 6.900 coletes balísticos e 662 pistolas não letais, além de ampliar o programa de videomonitoramento Vigia Mais MT, com mais de 20 mil câmeras em 126 municípios.
Na área de prevenção à violência doméstica e proteção ao campo, o governo ampliou a atuação da Patrulha Maria da Penha, presente em 96 cidades, e da Patrulha Rural, com policiamento em 142 municípios.
As apreensões de drogas, principal fonte de receita das facções, segundo a Sesp, aumentaram 237% entre 2019 e 2024, passando de 12,2 para 41,2 toneladas. Só no primeiro trimestre deste ano, foram recolhidas 11,2 toneladas.
Em nota, o secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, atribuiu os resultados à padronização dos equipamentos utilizados pelos policiais e à ampliação da rede de comunicação digital e do videomonitoramento. “Todos os setores das atividades policiais receberam investimentos que nos permitem dizer que temos uma das polícias mais modernas e bem equipadas do país”, disse.
O governo não detalhou os critérios utilizados para medir a efetividade do programa Tolerância Zero nem informou quanto do orçamento total destinado à segurança foi executado nos últimos anos. Também não há dados públicos sobre a incidência de denúncias de abuso ou uso excessivo da força nas operações do Estado.
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