
As cartas estão na mesa. A convocação da eleição na CBF pelo interventor Fernando Sarney acelerou as articulações para o pleito marcado para o dia 25 deste mês. Há o ensaio da formação de dois blocos que podem representar a primeira disputa eleitoral da CBF desde 1989 — daquele ano em diante, todos os presidentes foram eleitos por aclamação, sem adversários.
De um lado, está o bloco de 19 federações que haviam assinado manifesto na noite de quinta-feira. O nome de Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol, é o que desponta com mais força, apesar da resistência de muitos clubes por ser de federação com menor relevância no futebol nacional. Não está descartado o nome do presidente da federação alagoana Felipe Feijó, filho de Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da CBF, na ponta da chapa.
As 19 federações prometem definir candidato e a chapa "dentro do grupo" e ainda buscam mais apoio de federações a ponto de inviabilizar outra candidatura. Há conversas com outros três presidentes de federações. Ao mesmo tempo, a federação do Mato Grosso do Sul, que havia assinado a nota dos 19, anunciou há pouco, nesta sexta, que vai escolher seu candidato de maneira "totalmente independente".
Do outro lado, o bloco gira em torno da possível candidatura do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, uma das oito federações cujos representantes não assinaram o manifesto. As outras foram as dos seguintes estados: Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso.
Apesar dos assédios do outro lado, esse grupo estaria disposto a se alinhar a Reinaldo, que conta também com mais possíveis dissidentes entre os que assinaram o manifesto.
Com rejeição em parte das federações, Reinaldo Carneiro Bastos tenta atrair apoio maciço dos clubes, aproveitando a insatisfação de alguns com o novo movimento jurídico contra Ednaldo, embora este não fosse exatamente querido pelos dirigentes.
Reinaldo chegou a se colocar como pré-candidato à presidência da CBF quando Ednaldo Rodrigues foi afastado pela primeira vez, entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Na ocasião, Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD, também postulava o cargo. Com a volta de Ednaldo à cadeira no início do ano passado, não houve eleição.
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